Um alicerce chamado democracia... (i2)

Dom Queixote,
"O mais grave de tudo é constatar que quem dá suporte a essas políticas é o povo… contra si mesmo! "
Temo que a democracia tal como nós até agora a experienciamos, esteja morta!
Não sei se isto acontece pelo facto de a história estar sempre a repetir-se, ou porque a forma de pensar e agir das pessoas está estagnada, ou simplesmente porque as grandes ideologias acabam por não passar de ideias bonitas que, mais cedo ou mais tarde, acabam por perder força.
De Norte a Sul, da Europa às Américas, onde antes se defendia fortemente o espírito democrático, agora vemos crescer os extremismos e políticas que tentam conquistar o apoio popular com promessas que parecem boas mas que, no fundo, são apenas ilusões e aparências. Lentamente vamos permitindo que ideias radicais sejam aceites em democracia e, embora pareça que não fazem mal nenhum, esta realidade pode ser trágica!
O mais grave de tudo é constatar que quem dá suporte a essas políticas é o povo… contra si mesmo! Como é possível que eleitores que acreditam na democracia não vejam o erro que estão a cometer? Talvez porque nunca tenham parado para formar uma opinião mais sólida e racional…
Porque não queremos o regresso à morte do passado, e ainda vivemos em democracia, embora possa parecer uma tarefa hercúlea, cada um de nós tem o dever de se dar ao trabalho de pensar, para poder participar nos desafios que o mundo nos apresenta.
Não há mudança sem democracia e não há democracia sem opinião!
I2 - Pessoas inseguras são mais fáceis de influenciar

Quando nos sentimos inseguros, tendemos a tomar decisões intuitivas em vez de verificarmos os factos. Isto acontece quando, por exemplo, algo não faz sentido ou quando não conseguimos prever o futuro. Nos dias que correm estamos habituamos a ver os líderes mundiais a mudar de opinião rapidamente, a dizer uma coisa de manhã e outra à tarde, o que nos leva a ter dificuldade em confiar neles. e temer o futuro.
Desta forma, como não temos ponto de referência seguro e constante, usamos a intuição para justificar decisões, pensamentos e até as nossas intenções de voto. Além disso, a incerteza pode gerar medo, levando-nos a procurar validação nas opiniões dos outros. Assim, para nos sentirmos mais seguros, acabamos por seguir os outros e assumir que o pensamento do grupo é verdadeiramente aquilo que que acreditamos.
Mas o mal não fica por aqui…
Esta insegurança traz consigo o efeito de "pescadinha-de-rabo-na-boca" pois alimenta os radicalismos, as divisões e ergue um monumento ao populismo, ficando presos num ciclo em que seguimos os outros sem questionar.
Podemos não nos dar ao trabalho de ter uma opinião verdadeira e própria e deixar que a insegurança nos guie e com isso, façamos jus à expressão "Maria, vai com as outras…"
Poder podemos, Mas Eu Não Faria ISso!
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