Um alicerce chamado democracia... (i4)

Dom Queixote,
"E o receio não pode existir em democracia, isso é fatal!"
Em democracia, no poder exercido pelo povo, é suposto existirem certos princípios e estruturas que garantam a participação desse mesmo povo nas decisões do país.
Esperamos que em democracia todo cidadão adulto tenha o direito de votar e ser votado, independentemente do género, da raça ou religião, que as pessoas possam expressar livremente as suas opiniões, criticar o governo e ter acesso a informação independente.
Em democracia, esperamos que todos possam agir de acordo com a sua consciência, livremente, sem peias, sem pressões ou coações.
Em boa verdade, para qualquer decisão que tomemos, por menor que seja, é fundamental que sejamos completamente livres. No entanto, embora digamos que vivemos em democracia, e supostamente em liberdade, começamos a sentir que os partidos políticos e a conjuntura mundial nos amedrontam. São as guerras e os extremismos, aliados às notícias manipuladas que nos deixam perdidos, inseguros e com receio!
E o receio não pode existir em democracia, isso é fatal!
Pode, a democracia, estar formalmente presente, com eleições, parlamentos, a separação de poderes, mas o seu espírito nem sempre é respeitado. E há sinais visíveis que alertam para a possibilidade de a democracia não estar a ser verdadeiramente respeitada.
Um deles é o medo!
Por isso, é fundamental que cada um de nós forme opinião livre e independente para poder exigir participar nas decisões públicas.
Porque não queremos o regresso à morte do passado, e ainda vivemos em democracia, embora possa parecer uma tarefa gigantesca, cada um de nós tem o dever de se dar ao trabalho de formar opinião livre e independente para, sem medo, exigir participar nas decisões públicas.
Não há mudança sem democracia e não há democracia sem opinião!
i4 – O medo

Quando assistimos a imagens e mensagens que interferem nos medos das pessoas, sem nos apercebermos, estamos a sofrer uma vigorosa influência, que é persuasiva e eficaz. Nessa situação, o nosso instinto perante o medo é a proteção, o que nos leva a ficar paralisados.
Quando vemos que o cenário mundial está povoado de guerras políticas e económicas, de invasões de países soberanos, de crimes de guerra, de genocídios, de atrocidades inimagináveis, e isso se tornou vulgar, rapidamente nos apercebemos que vivemos sob ameaça e que, embora o conforto do nosso sofá nos dê uma falsa sensação de segurança, corremos o risco dessa realidade se alastrar e nos vir bater à porta.
A invasão da Ucrânia, a destruição da faixa de Gaza, o conflito entre o Azerbaijão e a Armênia em Nagorno-Karabakh, a surrealista guerra económica mundial lançada pela América, só nos devolve uma coisa: MEDO!
Podemos ficar tolhidos pelo medo e aceitar que esses profundos ataques à democracia se multipliquem…
Poder podemos, Mas Eu Não Faria ISso!
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