Um alicerce chamado democracia... (i8)

17-05-2025

Dom Queixote,
"O que vemos ou ouvimos pode não corresponder exatamente à verdade!


Nos nossos dias a vida corre a uma velocidade vertiginosa. Talvez por isso temos tendência a dar pouca atenção ao que se passa à nossa volta. Dar pouca atenção não significa estar alheado ou não querer saber…. Apenas quer dizer que observamos o que nos rodeia de maneira superficial e sem dar atenção aos pormenores, que muitas vezes são importantes!

Quando lemos num jornal um título apelativo, quando assistimos na televisão a uma imagem extravagante ou quando vemos na internet um vídeo espetacular, é normal acreditarmos tratar-se de algo verdadeiro. Mas pode não ser assim, o que vemos ou ouvimos pode não corresponder exatamente à verdade!

Tem aumentado exponencialmente a divulgação de notícias falsas, de vídeos manipulados, de dados distorcidos ou fora do contexto, de boatos e teorias da conspiração, de encenações que não nos preocupamos em validar. E quando assim fazemos, muitas vezes sem darmos por isso, ficamos expostos a estratégias de influência, que nos podem levar a criar ideias erradas ou falsas.

Porque não queremos o regresso à morte do passado, porque ainda vivemos em democracia, cada um de nós tem o dever de se dar ao trabalho de formar opinião livre e independente, e sem medo exigir participar nas decisões públicas.

Não há mudança sem democracia e não há democracia sem opinião!

i8. A desinformação

Desinformação é a disseminação de informações falsas ou enganosas com a intenção deliberada de enganar ou manipular pessoas. Em política, mas não só, a desinformação é muitas vezes utilizada para nos fazer acreditar numa ideia ou para tentar desconsiderar a mensagem de um adversário. Para isso são usadas mentiras, informações distorcidas ou deturpadas para que se tornem incorretas ou enganosas.

Esta estratégia tem como objetivo influenciar decisões políticas ou sociais, causar pânico ou confusão, para que tomemos determinadas opções sem pensar muito nisso.

Então torna-se imperativo duvidar do que vemos e ouvimos. Para tal, é fundamental verificar sempre se a origem da informação é confiável, compreender o seu contexto (não se limitando apenas à leitura dos títulos) e estar atento a apelos mediáticos que usem o medo, a raiva ou o choque. Exemplos claros dessa forma de manipulação são as encenações que pretendem explorar as emoções ou misturar a religião o futebol e a política.

Podemos, com ligeireza, aceitar e partilhar nas redes sociais tudo o que os meios de comunicação nos mostram…

Poder podemos, Mas Eu Não Faria ISso!